Comércio tradicional não vai morrer, mas terá que se adaptar a uma nova realidade.
Não há dúvidas de que o setor que mais cresceu com a pandemia em 2020 foi o de e-commerce. Com a impossibilidade de trabalhar da forma tradicional, com as vendas presenciais, muitas empresas intensificaram as suas atividades online ou criaram seus e-commerces como forma de sobrevivência.
E muitos desses sites de vendas foram criados de forma urgente, a fim de não perderem o espaço no mercado. “Houve um aumento expressivo da procura por profissionais e empresas que desenvolvessem esse tipo de plataforma de comércio com o início da pandemia. E foi uma providência que se mostrou acertada para a maioria dos empreendedores que seguiram por esse caminho”, diz o CEO da Mitis, Rodrigo Maxwel.
Uma pesquisa feita pela Mundipagg, em parceria com a E-Commerce Brasil, sobre o comportamento do setor no ano passado, demonstrou que houve um crescimento acentuado do setor, com 58% dos empresários afirmando que esse passou a ser o seu principal canal de vendas. Desses, 25% afirmaram que atuam ainda em marketplaces.
Ainda segundo a pesquisa, esse quadro levou a um crescimento muito acentuado do setor no ano de 2020, pois 48% dos entrevistados na pesquisa disseram terem atingido um aumento de vendas igual ou superior aos 50%, em relação ao ano anterior.
“Esses números refletem o aproveitamento de uma oportunidade, que veio com a pandemia e que deve seguir assim, mesmo depois do seu controle”, afirma Rodrigo. Isso não quer dizer que o comércio tradicional vai morrer, mas o mercado vai sofrer uma adaptação ao novo modelo de venda, que veio para ficar.
O empresário lembra ainda que a tendência é que mesmo as lojas tradicionais mantenham uma plataforma de venda online, buscando atender a um outro perfil de consumidor, que procura por comodidade e vê na compra online uma forma de agilizar o seu dia a dia.